Falar sobre “pegada de carbono” se tornou comum nos últimos anos, e entender um pouco mais da relação do carbono com as mudanças climáticas é fundamental. Por quê? Simplesmente porque a vida no planeta Terra depende disso.
Você já deve ter visto em algum lugar que o aumento das emissões de gás carbônico na atmosfera tem causado o aquecimento global, o que é preocupante por uma série de razões. Estamos falando de desequilíbrios que vão afetar a nossa qualidade de vida, como tempestades, inundações, secas, incêndios, mortes etc.
Se ainda não está muito por dentro do assunto, aproveite a leitura para descobrir o que é pegada de carbono e como começar a reduzir a sua — sim, você também tem uma.
Por que “pegada”?
A pegada de carbono é basicamente a quantidade de gases de efeito estufa (GEE) que uma pessoa, grupo, empresa, instituição ou certo tipo de atividade emite. O termo “pegada” vem do inglês carbon footprint.
Embora o carbono seja o elemento mais conhecido, outros gases também intensificam o aquecimento global (como o metano e o óxido nitroso) e podem entrar nessa conta. Para facilitar o cálculo, as pegadas de carbono geralmente são medidas em toneladas de carbono equivalente (CO2e).
Esse é um conceito que vem dos anos 90, quando William Rees e Mathis Wackernagel, criaram um índice para medir o impacto das atividades humanas sobre a natureza, levando em conta a quantidade de dióxido de carbono que cada uma delas emite.
Sendo assim, quanto maior for o número da pegada de carbono, maior é o impacto ambiental causado. Existem várias ferramentas disponíveis na internet para calcular isso rapidamente, mas vale lembrar que elas oferecem apenas estimativas do impacto gerado, pois, na verdade, se trata de uma análise mais complexa. A calculadora da ONU, por exemplo, leva em conta fatores como moradia, transporte e estilo de vida.
O fato de poder mensurar a pegada de carbono ajuda a tentar otimizar processos e buscar maneiras de reduzir esse impacto negativo. Uma delas é compensar as emissões por iniciativas próprias ou comprando créditos de carbono de quem gera esse tipo de benefício.
Compensar carbono é obrigatório?
Apesar de ser uma tendência mundial, compensar carbono ainda não é obrigatório na maioria das situações. Porém, essa realidade está cada vez mais próxima de mudar. Aqui no Brasil, as distribuidoras de combustíveis fósseis são obrigadas pela lei a reduzir suas emissões de gases de efeito estufa (GEE), incluindo o dióxido de carbono.
Mesmo assim, o que está acontecendo é que, voluntariamente, as empresas estão reduzindo e compensando suas emissões para contribuir com o planeta, pensando também em ganhar um diferencial competitivo no mercado.
Para se ter uma ideia, o valor médio do Crédito de Descarbonização (CBIO) cresceu mais de 175% em dois anos segundo estudo da PUC-RJ com a Federação Nacional das Distribuidoras de Combustíveis, Gás Natural e Biocombustíveis (Brasilcom).
Cenário internacional
A pressão sobre todos os países existe devido à urgência de tentar conter as mudanças climáticas. A ONU é uma das lideranças nesse quesito, tanto que promove a COP (Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas) todos os anos para discutir o tema e cobrar medidas dos participantes.
No mercado europeu, as coisas estão mais avançadas. Um exemplo disso é que a Comissão de Saúde Pública e Segurança Alimentar da União Europeia (UE) encaminhou ao plenário do Parlamento Europeu uma proposta de lei que propõe obrigar empresas a comprovarem que seus produtos vendidos na UE são “desmatamento zero”.
A partir das informações disponibilizadas, a Comissão Europeia deverá classificar os países (ou regiões) em baixo, médio ou alto risco relacionando com o desmatamento. A importação de produtos também está sendo revista para privilegiar quem se preocupa com o meio ambiente e declara sua pegada de carbono.
Enfim, ao aumentar as barreiras e fiscalizar as cadeias produtivas, o movimento contra as mudanças climáticas ganha força. A criação dos selos que destacam produtos, serviços e empresas que se comprometem com o meio ambiente incentiva o consumo consciente e todo o comércio internacional pode ser impactado.
Dicas para reduzir sua pegada de carbono
Pensando no nosso futuro, é essencial definir metas para zerar ou pelo menos reduzir as emissões de carbono. Mais uma vez, destacamos que a compensação é uma estratégia importante para retirar carbono da atmosfera de forma natural. Como fazer isso? Além de preservar as florestas e áreas verdes que já existem, devemos esverdear ainda mais o planeta para aumentar a taxa de absorção. Mudar nossos hábitos também faz toda a diferença para que os impactos negativos sejam reduzidos. Confira algumas dicas:
- Adote o consumo consciente e escolha produtos sustentáveis;
- Repense a forma como você se locomove, já que o setor de transporte está entre os grandes emissores de gases do efeito estufa;
- Invista em energia renovável e economize energia sempre que possível;
- Aprenda sobre reciclagem e gestão de resíduos;
- Comece a compensar o carbono que você emite com novas árvores.
Sabia que você pode ter sua própria floresta mesmo sem ter um pedaço de terra ou precisar se preocupar com o plantio? Venha ser um restaurador ambiental Abundance Brasil e reduza sua pegada de carbono de forma inovadora, prática e confiável! Adquira suas árvores em segundos e faça o bem para o planeta, para você e para todos nós.